terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Problema de energia? #opamazonia

Em um grupo de discussão tecemos algumas considerações sobre o que representa a construção de Belo Monte. O problema é de energia?
Debatemos que o Problema do Brasil não é fonte de energia elétrica, se tratando de renovável, mas NÃO SUSTENTADA hidréletrica - e se fossemos pensar o grande potencial solar e eólico do Brasil, fontes que permanecem alienadas a uma lógica econômica que serve atualmente ao grande capital nacional e internacional destrutivos: veríamos que são mais viáveis, pensando os custos econômicos, sociais e ambientais, que o paradigma das hidréletricas.
Vimos o grande disperdício de energia só na transmissão, pois as instalações de transmissão brasileiras são velhas e inadequadas, ou seja, são mal feitas, ocorrendo o chamado efeito Jaule, a perda de milhões de kw, desde da sua produção até chegar a casa das pessoas; ademais o consumo inconsciente de brasileiros estupidamente sem informação, o disperdício que não só se refere a eletricidade, mas a água, alimentos etc, por sinal, ideia que também justifica a estupidez da construção de Belo Monte, a primeira de um projeto que pretende massacrar as florestas e os povos que dependem dela - E NÓS DEPENDEMOS DAS FLORESTAS?
Primeiro, a usina que abrirá estradas, clareiras no meio da mata, facilitará o transporte da madeira que é retirada ilegalmente da floresta, pois não existe fiscalização; segundo, o interesse das empreiteiras que se beneficiarão e se beneficiam das obras superfaturadas, as mesmas construtoras que apoiam as campanhas políticas em tempos de eleição, e do atual governo. A exasperada demarcação de terras que está fazendo o governo federal e a presença de algumas, estrageiras, pseudo ONGs (não são todas) na região amazônica não revela os seus reais propósitos... 
Reafirmo o grande interesse sobre a maior reserva de nióbio do mundo (98% está aqui) na Amazonia, a matéria-prima necessária a formação das ligas metálicas: Europa, EUA, China, são 100% dependentes desse elemento. 55% do nióbio extraído é subfaturado, oferecido as mineradoras internacionais, enfim, para comprarmos o produto final mais caro, porque não produzimos, em um verdadeiro sistema colonial. 45% é extraído de forma ilegal ou "extra-oficialmente" via o contrabando para o exterior. Não foi atoa que o publicitário Marcos Valério, investigado na CPI do Correios afirma: “O dinheiro do mensalão não é nada, o grosso do dinheiro vem do contrabando do nióbio”. E ainda: “O ministro José Dirceu estava negociando com bancos, uma mina de nióbio na Amazônia”. 
Nada é investigado, o Brasil vive um retrocesso na legislação ambiental, por que não social, em meio a cultura de impunidade, dezenas de lideranças estão sendo assassinadas e marcadas para morte, uma indústria de morte, que o Estado é omisso, pois não duvidemos que se beneficia também deste processo perverso. Quando não é a violência criminosa, é a violência do Estado, que concentra mais poder nas mãos das elites, e preserva a estrutura econômica e social da desigualdade.
link: www.blogdopaulonunes.com/v3/2011/04/21/niobio-o-metal-que-so-o-brasil-fornece-ao-mundo-uma-riqueza-que-o-povo-brasileiro-desconhece-e-tudo-fazem-para-que-isso-continue-assim/

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