quarta-feira, 7 de novembro de 2012

[OKUPARREITORIA] Resposta a intransigência da reitoria UFRN

Frente aos constantes ataques à integridade da vida praticados pela universidade federal do rio grande do norte, feitos principalmente através de sua segurança privada (Garra Segurança Limitada), a saber, diversas abordagens truculentas e descabidas, tendo como exemplos vários, saques, e disparo de arma de fogo contra um grupo de estudantes durante o encerramento de uma atividade cultural no terreno da universidade. O que também, por sua vez gerou veementes e coerentes denúncias por parte de um estudante contra essa universidade que tomou diversas providências intransigentes e sub-reptícias que culminaram no internamento forçado do mesmo, cumprindo com seu objetivo de calá-lo. 

Diante de um quadro de constantes tentativas de silenciamento das vozes questionadoras acerca das questões da vida, bem como das do âmbito acadêmico, estudantes organizam-se autonomamente e okupam a reitoria da UFRN a fim de reivindicar que a universidade se posicione em abrir o diálogo e propicie a garantia de sua integridade. 

Fatos: Constroem-se pautas, discutem-se pontos e propostas, mas o centro diretório da reitora não se compromete com medidas práticas para que se abram quaisquer possibilidades de negociações, adotando por último, uma contraditória postura de sequer ouvir os estudantes em suas reivindicações que por repetidas vezes foram explicitadas, rediscutidas, perfeccionadas e apresentadas, e assim considerando-os um grupo ilegítimo, e declarando já terem entrado num processo de execução de providências alegadas como supostamente cabíveis – isto é, acionar as forças coercitivas – para que a okupação fosse finalizada, invertendo assim a situação; colocando – a okupação – como problema onde na verdade, se é a tentativa de solucionamento dos reais problemas através do diálogo. 

Diante deste quadro conclamamos a toda sociedade que entende a importância de que a universidade preserve a integridade da vida, a somar-se a okupação, e que juntos possamos barrar o silenciamento das vozes insurgentes, completamente legítimas em seus protestos e demandas, e construirmos com base no diálogo afirmativo dos princípios básicos da universidade, a saber, a produção de conhecimento que sirva para a emancipação e autonomia social. Portanto, não aceitaremos nenhum acordo por “debaixo dos panos” que tem como fim apenas afrontar nossos espíritos, dignidade e autonomia; nem qualquer acordo em que se figure um pseudo-mediador. Ninguém que não se some ao nosso corpo político e pretenda, sem ao menos dignar-se em vir conversar conosco antes de qualquer tipo de diálogo em nosso nome e interesses nos interessa ou representa. 


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