Frente aos constantes ataques à integridade da vida praticados pela
universidade federal do rio grande do norte, feitos principalmente
através de sua segurança privada (Garra Segurança Limitada), a saber,
diversas abordagens truculentas e descabidas, tendo como exemplos
vários, saques, e disparo de arma de fogo contra um grupo de estudantes
durante o encerramento de uma atividade cultural no terreno da
universidade. O que também, por sua vez gerou veementes e coerentes
denúncias por parte de um estudante contra essa universidade que tomou
diversas providências intransigentes e sub-reptícias que culminaram no
internamento forçado do mesmo, cumprindo com seu objetivo de calá-lo.
Diante
de um quadro de constantes tentativas de silenciamento das vozes
questionadoras acerca das questões da vida, bem como das do âmbito
acadêmico, estudantes organizam-se autonomamente e okupam a reitoria da
UFRN a fim de reivindicar que a universidade se posicione em abrir o
diálogo e propicie a garantia de sua integridade.
Fatos:
Constroem-se pautas, discutem-se pontos e propostas, mas o centro
diretório da reitora não se compromete com medidas práticas para que se
abram quaisquer possibilidades de negociações, adotando por último, uma
contraditória postura de sequer ouvir os estudantes em suas
reivindicações que por repetidas vezes foram explicitadas, rediscutidas,
perfeccionadas e apresentadas, e assim considerando-os um grupo
ilegítimo, e declarando já terem entrado num processo de execução de
providências alegadas como supostamente cabíveis – isto é, acionar as
forças coercitivas – para que a okupação fosse finalizada, invertendo
assim a situação; colocando – a okupação – como problema onde na
verdade, se é a tentativa de solucionamento dos reais problemas através
do diálogo.
Diante deste quadro conclamamos a toda sociedade que
entende a importância de que a universidade preserve a integridade da
vida, a somar-se a okupação, e que juntos possamos barrar o
silenciamento das vozes insurgentes, completamente legítimas em seus
protestos e demandas, e construirmos com base no diálogo afirmativo dos
princípios básicos da universidade, a saber, a produção de conhecimento
que sirva para a emancipação e autonomia social. Portanto, não
aceitaremos nenhum acordo por “debaixo dos panos” que tem como fim
apenas afrontar nossos espíritos, dignidade e autonomia; nem qualquer
acordo em que se figure um pseudo-mediador. Ninguém que não se some ao
nosso corpo político e pretenda, sem ao menos dignar-se em vir conversar
conosco antes de qualquer tipo de diálogo em nosso nome e interesses
nos interessa ou representa.
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