domingo, 4 de novembro de 2012

[OKUPARREITORIA] ESCLARECIMENTOS SOBRE A OCUPAÇÃO DA REITORIA

Natal, 04 de novembro de 2012

ESCLARECIMENTOS SOBRE A OKUPAÇÃO DA REITORIA DA UFRN

Você se sente confortável sabendo que os espaços de sociabilidade na universidade; seu ambiente de estudo e trabalho, são regulados pela presença de seguranças armados? 

Como você se sente quando entra na biblioteca e se depara com armas antes de livros? A presença de um segurança armado na porta do RU (restaurante universitário) visa conter uma multidão de famintos a procura de comida? 

E quando esse segurança saca a arma? E quando ele atira? 

Esse é o nosso cotidiano: “seguranças” armados impedem a livre circulação de estudantes na escola de C&T; “seguranças” se recusam a identificar-se quando são flagrados filmando escondidos a um grupo de estudantes no setor II; “seguranças” sacam armas contra alunos no CB; um “segurança” é mobilizado para interditar o acesso de uma transmulher no banheiro feminino no DEART; um “segurança” atira contra um grupo de estudantes durante uma festa no CCHLA, SEGURANÇA... SEGURANÇA... SEGURANÇA... 

Diante dessas várias ocorrências, um estudante denunciou os abusos de poder por parte da segurança do campus, além de discrepâncias entre valores do contrato com a empresa garra e o serviço prestado pela mesma. Fato este que levou a universidade a buscar junto à família o internamento manicomial involuntário do mesmo. Contrariando princípios médicos básicos, um laudo psiquiátrico realizado por um profissional da instituição foi emitido sem que sequer houvesse consulta presencial com o indivíduo em questão, impedindo-o assim, de sair em viagem a um congresso internacional na área de direitos humanos. 

Em consequência disso, um coletivo composto por estudantes, professores e outros interessados se reuniu com a reitora Ângela Maria no dia 30/10 pela manhã na sala de reuniões da reitoria a fim de buscar maiores esclarecimentos e em solidariedade ao estudante considerando a inegável coerência das denúncias feitas por ele. Como uma das primeiras resoluções, formou-se uma comissão para acompanhar o caso, porém entendemos que esta é pouco contundente e dinâmica, dada a gravidade dos problemas, e ainda reforça a postura dissimulada da reitora e seus pares. Devido a essa postura esquiva e condescende adotada, decidimos ocupar o prédio da reitoria e aqui permaneceremos até que: 

1- A UFRN rompa o contrato com a empresa garra vigilância;
2- A sindicância responsável por averiguar o disparo de arma de fogo contra estudantes aja com mais celeridade e transparência;
3- Seja efetivado o desarmamento imediato dos seguranças nas áreas de sociabilidade (biblioteca, restaurante universitário, setores de aula e etc.) durante os horários de aula;
4- A nova empresa contratada para assumir a responsabilidade do serviço de segurança prestado realize com seus funcionários um curso permanente de formação humanística com o grupo Tirésias (núcleo interdisciplinar em estudos em diversidade sexual, gênero e direitos humanos da UFRN;
5- Se consiga uma ampla participação dos estudantes nas políticas administrativas concernentes ao PNAE;
6- Se encerrem as perseguições políticas a professores e estudantes e se garanta a liberdade de expressão na UFRN; 

CONTRA A PRIVATIZAÇÃO, NOS GUSTA LA DESORDEM... SOMOS INDISCIPLINADOS!


2 comentários:

  1. Mas a mãe do rapaz internado não foi a publico dizer que a UFRN não tem nada a ver com a tal internação, que ela mesma assinou um documento junto a Polícia Militar autorizando que ele fosse encaminhado a unidade de saúde mental, que foi ela quem procurou a Universidade buscando ajuda pro tratamento do filho...??? E sobre as armas dos seguranças, ninguém cita que no tal episódio da festa do CCHLA um grupo de alunos foi tirar satisfação. O segurança, então, deveria ter tentado dialogar só porque estava lidando com a tal 'elite intelectual do país'? Está certo que vivemos num mundo repleto de simulacros, uns maquiando os outros, mas esse protesto e seus argumentos parecem estar embasados no ar.

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  2. A reitora afirmou, e foi gravado em vídeo, que o primeiro contato foi realizado pela própria UFRN.

    Um "segurança" atirar contra um grupo de estudantes, que não recuaram perante o abuso de poder de um "segurança", não é algo para indignar-se, logo dentro de uma universidade?! É preciso aprofundar a sua análise, que fazer julgamentos, em juízos de valor sem comprometer-se com os fatos, apurar os fatos, que não podem ser saparados, apresentados como culminantes, ocasionando a prisão de um estudante em um manicómio, ora, que vinha fazendo denúncias graves em relação aos contratos desta universidade com a empresa Garra, e tantas outra irregularidades que existem.

    Os argumentos, não estão jogados no ar, apenas você escolheu o que lhe apresentam como visão "oficial", e na verdade o que você deseja ouvir,divulgada por um jornal sensacionalista, que trata uma vida humana como mercadoria, pra vender notícia. É muito fácil falar, apenas obedecer o que lhe apresentam como verdade absoluta e inquestionável, no contexto de uma instituição altamente reacionária, que amordaça as vozes dissidentes, que trata a diferença como loucura. Se o nosso amigo é "louco", se somos loucos por não compactuar com corrupção, ou não sermos omissos: nos internem todos!

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