domingo, 17 de julho de 2011

Qual é o Espírito? #LevantedoElefante

Mais que uma hastag, o Levante do Elefante é uma ideia, que tende a multiplicar-se. A ocupação histórica dos jardins da praça central em frente a Governadoria do estado do Rio Grande do Norte, resume simbolicamente a perseverença e a garra do povo nordestino. Aqueles lá acampados são, no valor de algo que é concretizado, cidadãos potiguares, filhos de uma terra bastante sofrida por densas desigualdades; sendo a cada eleição, reflitam, essas mesmas desigualdades são agudizadas em um processo que jamais parece ter fim. Greves, corrupção, abuso de poder, a insegurança de um povo que sequer ao menos tem o direito de expressar-se.

O que queremos dizer a eles políticos, que se auto intitulam assim; achando-se donos do modo de "fazer política" - que só eles têm - o que querem? O que queremos dizer a eles? VOCÊS NÃO NOS REPRESENTAM MAIS! Bancamos o luxo e honrarias que jamais valeram alguma coisa, senão o ego de um ser humano igualzinho a nós; bacamos três poderes corrompidos, "casas" dos carrascos de uma população indiferente com a própria angústia.  É tão difícil entender? Desde da bendita e recém "abertura democrática", até podemos ir mais fundo, desde do Dia de Independência do Brasil, nós dependemos deles. Por que? 

Sustentamos cacetetes e armas de grosso calibre nas mãos de homens e mulheres que vestem farda, no semblante sem expressão, robôs, os que dizem "senhor senhor" ( Mateus, VII: 21-23) que dizem apenas obedecer ordens, autoridade enferma que julga ser mais forte que o conhecimento. Representatividade vazia, pois apenas vemos erguido o edifício, vejo rastejar o que já deixaram de ser seres humanos. O que são eles?

Tratar estudantes, trabalhadores do campo, trabalhadores urbanos, trabalhadores sem trabalho como terroristas, que apenas expõe a sua condição de explorados de uma sociedade iniqua, é dizer também, bem verdade que poderá voltar a ditadura, o feudo, o escravismo, ou na realidade atual, já está tudo isso compilado nesse modelo de sociabilidade que escolhemos. Seria muito simples dizer, mas afinal, não temos direito a escolha. Apenas festejamos algo como "a vida leva eu", quando temos nossas pernas para andar não usamos.

Tentam nos cansar, queremos aglutinar a população para contestar o esquema que elaboraram para todos nós de avançar. Nós "avançamos" até quando a educação exige senso crítico; avançar até ver nossos irmãos queridos acumularem-se como lixo humano nos hospitais públicos. De avançar até quando nossos filhos são mortos por grupos de extermínio oficiais e não oficiais. Exercício da democracia? Qual papel você assumiu nessa peça?

De lá de cima nos observam como massa, não há distinção entre assassinos, ladrões, ou o trabalhador comum; dos filhos do tráfico ou as crianças do Criança Esperança.

O povo anseia construir algo sem eles, pois ELES NÃO NOS REPRESENTAM MAIS. O povo é capaz, basta acordar dessa cultura zumbi, basta superar seu único obstáculo: a indiferença!

É necessário um Fórum popular, comitês ativos, união por meio de valorizar autonomia e as diferentes ideias. Insurgir o novo, o jovem, o que é nem a utopia ou conformação, mas sim a resistência!

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