terça-feira, 31 de maio de 2011

Crise das Aristocracias e Mídia Hegemônica Cambaleante


Leitores, vivemos agora a era das redes socias. Sou jovem e penso sobre essa experiência, considerando-a a mais próxima da real democracia, da cidadania viva nas ruas, plenamente exercida - não aquela cidadania subjugada - mas sim, aquela que o povo está reconhecendo seu próprio valor; e os movimentos populares estão me dando esse grandioso exemplo.

Hoje, as redes sociais por ter detonado dezenas de protestos em todo mundo, onde sua capacidade de mobilização em muito pouco tempo reuniu milhões de pessoas que, saindo do virtual para as ruas, aonde vemos jovens, crianças e idosos - união de várias idades, trocando experiências; união de várias bandeiras de luta, compreendendo a diversidade, a diferença juntas, verdadeira prova de solidariedade e união - o que não quer dizer unicidade de opiniões e crenças.

Nem a repressão da polícia, nem a criminalização das manifestações pela mídia burguesa, que é hegemônica, assim como os próprios governos expressam o seu caráter coercitivo, "reparador", de um poder obscuro, de uma ditadura não declarada.

Lembrei do discurso de Kalazans Bezerra, secretário chefe do Gabinete Civil da Prefeitura, que covardamente, em tom de ameaça aos manifestantes, nos diz: “inteligência da polícia já trabalha na identificação de alguns desse baderneiros”.Outra: “jovens sem causa e com comportamentos deplorável (sic) gritando palavras de ordem nas ruas, sem saber porque (sic) fazem isso”.Faz-me rir, mensagens essas que após algumas horas foram rapidamente apagadas do seu microblog(twitter). São essas pessoas que escolhemos diretamente ou inderetamente a estarem a frente de decisões importantes, ou como vemos, a omissão, a corrupção, a repressão que nos insinuam? Precisamos ligeiramente não digo mais nem de uma reforma, mas uma revolução política e eleitoral nesse país, como quase tudo precisa revolucionar-se nesse Brasil - comecemos por nós!

Esses dias que estão se arrolando, são dias históricos para a cidade ou para as cidades em várias partes do planeta, senão representa o conjunto da humanidade que fortalece a resistência contra ordem vigente, o titã chamado capitalismo, cada vez mais selvagem e perverso.

Percebemos o grande potencial da rede para nos tirar da poltrana, instigando-nos a sermos mais críticos, dando-nos o poder de sermos formadores de opinião, de fato, não é a toa que este blog existe, ele é produto de tudo isso!

Lembrando a frase de Che Guevara: "Os grandes só parecem grandes porque estamos ajoelhados". As pessoas estão se levantando uma a uma, ressurgindo, ocupando as cidades.

As aristocracias capitalistas que detém as redes de televisão, os grandes empreendimentos, o monopólio do poder concentrado nas mãos do Estado, a nível estadual e municipal estão erodindo - pegos de surpresa assim como a água da chuva faz-se acumular sobre a montanha, até que chegue o momento crítico para desmoronar.

Iniciou-se tal processo de crescente cobrança a essas famílias e grupos capitalistas que devem muito a sociedade, afirmando que "as coisas não serão as mesmas" para esses poucos, ou seja, a classe dominate que historicamente explora os trabalhadores, roubando de nós a riqueza produzida por todas essas mãos indigentes, mãos subestimadas, mas que erguem-se pacíficas, porém revolucionárias, uma revolução desarmada, porque as armas que nos pertencem, são nossas consciências livres.  

As mudanças não ocorrerão de uma hora para outra, pode levar 50 anos, pode levar mil, mas a cada obstáculo superado, a cada avanço, seberá-se que não se poderá voltar atrás, como agora. Não recuemos! E quem sabe um dia o sentimento seja comum, e essas forças que não sustentam a si mesmas possam ser definitivamente extirpadas, um futuro que o Povo seja soberano!

Gosto muito desse tom profético, da "utopia" - nos dizem eles. Porém, somos como água em movimento que rompe as margens, os diques, a rocha mais dura!

A mídia monopolista ver-se ameaçada, digo em voz alta, abaixo a ditadura midiática! Ela, diferente de agora, não é capaz de nos calar. Pode deflagrar mentiras, pode brincar com o povo, pode se servir de dinheiro público para enganar, que tal R$ 12.500.000 de publicidade, enquanto a cidade tem inúmeras necessidades, que de governo a governo não são resolvidas, porque existe o interesse de manter tudo como está. Não! Os "plebeus" não aceitam mais.

Eles nem mesmo podem se esconder, a exemplo de Rosalba e Henrique Alves ( que votou sim ao código anti-florestas e aliado da Prefeita Micarla de Sousa), que foram ao Rio de Janeiro pedir "tregua" a Rede Globo.

Se um único ser humano pode ter seu pensamento ecoado pelo mundo, quantos seres humanos será preciso para quebrar as algemas da humanidade?!

"Pensar globalmente, agir localmente."

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