terça-feira, 11 de outubro de 2011

O Foramicarla não é Messias


A questão do #foramicarla parece que foi apenas resumida em trocar de gestão, como essa fosse a solução de todos os problemas, os partidos políticos oferecem os seus projetos, seus candidatos, eles dizem que o que pensamos sobre eles é paranoia, mas não é. 

O conhecimento é a chave do despertar, não é espantoso que esse movimento tenha saído das Universidades, e tenha sido formado por muitos jovens. A ocupação da Câmara, acredito eu, que foi o auge do movimento, e lá descobrimos que o #foramircala era algo muito maior, superou a debater sobre a atual gestão, questionou o modelo de represatividade próprio ao modelo de produção que vivemos, ora, questionou a estrutura partidária, e os governos oligárquicos. 

Vivemos em 11 dias de ocupação, nos escombros simbólicos de um falso poder já há muito tempo desmoralizado, uma organização, um poder genuinamente popular, em que os interesses partidocratas, os interesses individuais pareciam verdadeiramente suprimidos pela pluralidade das forças existentes.

Foi apenas "a hora de perder a paciência", em um sistema de oprimidos, mas acomodados, unidos por uma cultura de acomodados, ou seja, ninguém esperava, nem a própria raça de políticos, nem da "situação", nem da "oposição" algo parecido, tão ousado. 

Acho que uma centena de pessoas despertas partidárias e não partidárias, realmente comprometidas com a revolução eram poucas pernas para ir até a massa e pegar na mão e dizer "bora pra revolução?!", enquanto a questão voltava-se a ser apenas a troca de atores (ou gestores). 

O cenário é o mesmo que antes nos indignou, transmintindo indignação, e a indignação um dia poderá nos dar de novo a esperança real de mudança, qual todos experimentamos no #primaverasemborboleta!

A população, os políticos, os partidos, os blogueiros, os pró e contra @micarladesousa, passaram a cobrar do #foramicarla como enxergasse no movimento o sensacional e maravilhoso; a ideia de um Messias, não é assim que fazemos e a própria classe política se comporta - a fajuta representatividade. 
 
A massa espera um Messias em uma cultura de acomodação - e como amigo me diz, o problema que não é culpa dela.

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